Tenho um livro incompleto que deixei escorregar para a gaveta por falta de inspiração e coragem, a questionar-me se valia a pena dedicar-me de corpo e alma a algo que receava ser menos do que uma obra-prima, com uma história esboçada muitos anos antes e que, entretanto, dezenas de séries de televisão policiais pisaram na ânsia de não deixar argumentos por explorar, despindo de originalidade o que empolgava a minha ingenuidade de jovem autor.
Mas decidi pegar novamente no manuscrito e, de espada em punho e pena na orelha como lápis de merceeiro, avançar capítulo a capítulo, maravilhando-vos novamente com esta prosa que na adolescência era lida apenas por mim e pelo meu público progenitor, expectante à reacção à minha dactilografia batida no quarto às escuras descontando o candeeiro de mesa, que histórias negras não se escrevem às claras, atento à sua desconfiança inicial, desaprovação pelo recurso à violência dos heróis e grato pela surpresa aos finais de pirueta e a admiração pelo todo.
Ajudem-me a garantir que este novo alento não esmorece, que da minha parte prometo mais e melhor, tanto em trama como em estilo, que as ideias que fluem apenas precisam de olhos que as vejam e dedos que as trabalhem.
Mas decidi pegar novamente no manuscrito e, de espada em punho e pena na orelha como lápis de merceeiro, avançar capítulo a capítulo, maravilhando-vos novamente com esta prosa que na adolescência era lida apenas por mim e pelo meu público progenitor, expectante à reacção à minha dactilografia batida no quarto às escuras descontando o candeeiro de mesa, que histórias negras não se escrevem às claras, atento à sua desconfiança inicial, desaprovação pelo recurso à violência dos heróis e grato pela surpresa aos finais de pirueta e a admiração pelo todo.
Ajudem-me a garantir que este novo alento não esmorece, que da minha parte prometo mais e melhor, tanto em trama como em estilo, que as ideias que fluem apenas precisam de olhos que as vejam e dedos que as trabalhem.