O quinto capítulo foi exasperante, como corrigir a escrita empolgada de uma criança.
É estranho estar constantemente a caminhar sobre ovos, a verificar cada frase, cada parágrafo, à tocaia de palavras e ideias repetidas, floreados desnecessários, pequenos apartes evitáveis.
A revisão deste quinto capítulo teve muito disso. Para já, porque é um capítulo em três porções, depois porque tem partes mortas e uma de acção. A cena da tourada automobilística foi a mais sofisticada e difícil de reproduzir, porque queria que soasse simultaneamente potente e realista, mas não queria deitar fora aquela primeira parte em que o veículo chegava como se estivesse numa exibição. Acho que consegui que resultasse.
Aquela parte sobre a G3 não existia. O meu próprio pai costumava dizer que a G3 era uma arma de fabrico português, por isso foi verificar. Ficou bem encaixado.
O nome "sentinela" não foi consensual. Começou por ser "guarda-portão", interroguei-me se "vigia" ficaria melhor, acabou por ficar "sentinela". Não sei o nome verdadeiro que se dá a quem cumpre esta função, mas não devo estar longe da verdade.
Para não me repetir demasiado, saltitei entre "penitenciária" e "presídio" e acabei por chamar ao director de Aquilino Melo mais vezes do que intencionado. Inicialmente, era director da penitenciária para aqui e para ali. Não funcionava numa leitura agradável, pelo que voilá. Também retirei a inicial maiúscula a director, por não ser nome próprio, o que me levou a tirá-la também a inspector. Isso vai obrigar-me a voltar ao segundo capítulo e tirar a inicial maiúscula a inspector-chefe. É igual para todos ou para nenhum, independentemente das patentes.
Até a mim confundiu a existência de um personagem chamado Magnum, mas depois percebi que é o inspector-chefe, cujo apelido é Magnório. Há-de ficar claro mais adiante, a quem não tiver feito a ligação.
Como Ismael não me pareceu muito convencido, eliminei dois telefonemas que ele fez a Élia, do carro, no regresso a Lisboa. Ela não atendeu as chamadas e ele continuou a pensar exclusivamente no caso. Acho que ele vai levar nas orelhas por não lhe ter ligado, mas o detective está obcecado.
Ismael esteve a ver os registos de presenças, mas esqueceu-se de ver os de correspondências trocadas entre Mistral e o exterior. Terá importância? A ver vamos, reescrever o capítulo é que nem pensar.
É estranho estar constantemente a caminhar sobre ovos, a verificar cada frase, cada parágrafo, à tocaia de palavras e ideias repetidas, floreados desnecessários, pequenos apartes evitáveis.
A revisão deste quinto capítulo teve muito disso. Para já, porque é um capítulo em três porções, depois porque tem partes mortas e uma de acção. A cena da tourada automobilística foi a mais sofisticada e difícil de reproduzir, porque queria que soasse simultaneamente potente e realista, mas não queria deitar fora aquela primeira parte em que o veículo chegava como se estivesse numa exibição. Acho que consegui que resultasse.
Aquela parte sobre a G3 não existia. O meu próprio pai costumava dizer que a G3 era uma arma de fabrico português, por isso foi verificar. Ficou bem encaixado.
O nome "sentinela" não foi consensual. Começou por ser "guarda-portão", interroguei-me se "vigia" ficaria melhor, acabou por ficar "sentinela". Não sei o nome verdadeiro que se dá a quem cumpre esta função, mas não devo estar longe da verdade.
Para não me repetir demasiado, saltitei entre "penitenciária" e "presídio" e acabei por chamar ao director de Aquilino Melo mais vezes do que intencionado. Inicialmente, era director da penitenciária para aqui e para ali. Não funcionava numa leitura agradável, pelo que voilá. Também retirei a inicial maiúscula a director, por não ser nome próprio, o que me levou a tirá-la também a inspector. Isso vai obrigar-me a voltar ao segundo capítulo e tirar a inicial maiúscula a inspector-chefe. É igual para todos ou para nenhum, independentemente das patentes.
Até a mim confundiu a existência de um personagem chamado Magnum, mas depois percebi que é o inspector-chefe, cujo apelido é Magnório. Há-de ficar claro mais adiante, a quem não tiver feito a ligação.
Como Ismael não me pareceu muito convencido, eliminei dois telefonemas que ele fez a Élia, do carro, no regresso a Lisboa. Ela não atendeu as chamadas e ele continuou a pensar exclusivamente no caso. Acho que ele vai levar nas orelhas por não lhe ter ligado, mas o detective está obcecado.
Ismael esteve a ver os registos de presenças, mas esqueceu-se de ver os de correspondências trocadas entre Mistral e o exterior. Terá importância? A ver vamos, reescrever o capítulo é que nem pensar.