Olá, leitores.
Para quem já leu o 11º Capítulo e pergunta quando há mais, saiba que o 12º está em franca evolução, promete lágrimas a muitas Madalenas e é bom que cumpra, porque para isso trabalho e a Kleenex patrocina, ou devia. Aviso já que só aceitarei reclamações de Madalenas de primeiro nome.
Escrever não é fácil quando o perfeccionismo prega rasteiras e atrasos e mal avisado insisto em juntar factos dos mais dolorosos da minha vida verdadeira, que já dizia o Hemmingway que só se deve escrever sobre aquilo que se conhece e eu nunca disparei um tiro e cadáveres só vi em velórios.
Entretanto, fiz mais dois pequenos vídeos de chamariz para o livro, um deles já no início do mês, mas sobre o qual aqui nada disse, que é minha prorrogativa só escrever sobre e quando me apetece, e outro a que me dediquei esta manhã. Começando pelo primeiro (podem vê-los na página de rosto do site), intitulado Do You Remember, é um bocado pesado e sanguinolento, mas em termos plásticos ficou muito bem conseguido. Sim, sou eu que o digo. Tenho centenas de pequenos gifs à espera dos seus três segundos de fama e lá os lanço a conta-gotas para o destino cruel de ninguém lhes ligar nenhuma.
A inspiração para Do You Remember surgiu na forma de uma música. Estava a ouvir o álbum Interlude, da violinista e actriz Lucia Micarelli, quando uma das faixas me eriçou os cabelos da nuca, que os outros são demasiado compridos. Julguei que fosse Béla Bartok às voltas com o seu Príncipe de Pau, mas era o Quarteto para Cordas nº7 de Shostakovich, o que, para o efeito, veio a dar no mesmo, isto é, à inspiração. Comecei a ordenar a minha galeria de imagens em movimento como um jogo de scrabble à moda do xadrez e concluí, destroçado, que não havia a menor hipótese de harmonizar as imagens que tinha à música que queria. Tive de fazer o inverso, o que é sempre extremamente moroso, mas lá consegui o som perfeito, através do lento método Tentativa & Erro.
O vídeo que fiz hoje foi apenas uma brincadeira, mas acabou muito melhor do que o previsto. Assim como o Do You Remember surgiu de inspiração musical, este foi provocado pelo gif do Benedict Cumberbatch envolto em cogitações, daí o título Sherlock Mystery Fun. Repetir a imagem durante meio minuto pareceu-me doloroso ao público, pelo que lhe apliquei alguns efeitos de distorção básicos e uma música que, estranhamente, não teve a mesma difusão ou aproveitamento em remixes como o Halloween do Carpenter ou o Friday 13th do Manfredini. Quem gostar, saiba que o Charles Bernstein não só compôs também a banda sonora de outro filme de Wes Craven (Deadly Friend) como a adaptação de Cujo, de Stephen King, com resultados satisfatórios.
Conforme hábito, o final do vídeo é cartoonesco, cortando com a seriedade que o antecede. A ideia inicial era fazer explodir a cabeça do actor pensativo e já tinha escolhido um gif do filme Scanners, de Cronenberg, para o efeito, mas a descoberta do gif do Sherlock pseudo-suicida-voador é de tal modo impagável (ninguém venha cobrar-me pela utilização) que triunfou.
Decidi alterar a parte de promoção directa, que até aqui era um composto fixo que começava com um jornal e terminava com um morto, e julgo estar irrepreensível. O meu nome no início parece um elaborado efeito de vídeo, mas são duas imagens fixas com sobreposição lenta. Isto aqui é tudo orgulhosamente artesanal.
Fico à espera das vossas opiniões, pelo que vou sentar-me. Um abraço.
Para quem já leu o 11º Capítulo e pergunta quando há mais, saiba que o 12º está em franca evolução, promete lágrimas a muitas Madalenas e é bom que cumpra, porque para isso trabalho e a Kleenex patrocina, ou devia. Aviso já que só aceitarei reclamações de Madalenas de primeiro nome.
Escrever não é fácil quando o perfeccionismo prega rasteiras e atrasos e mal avisado insisto em juntar factos dos mais dolorosos da minha vida verdadeira, que já dizia o Hemmingway que só se deve escrever sobre aquilo que se conhece e eu nunca disparei um tiro e cadáveres só vi em velórios.
Entretanto, fiz mais dois pequenos vídeos de chamariz para o livro, um deles já no início do mês, mas sobre o qual aqui nada disse, que é minha prorrogativa só escrever sobre e quando me apetece, e outro a que me dediquei esta manhã. Começando pelo primeiro (podem vê-los na página de rosto do site), intitulado Do You Remember, é um bocado pesado e sanguinolento, mas em termos plásticos ficou muito bem conseguido. Sim, sou eu que o digo. Tenho centenas de pequenos gifs à espera dos seus três segundos de fama e lá os lanço a conta-gotas para o destino cruel de ninguém lhes ligar nenhuma.
A inspiração para Do You Remember surgiu na forma de uma música. Estava a ouvir o álbum Interlude, da violinista e actriz Lucia Micarelli, quando uma das faixas me eriçou os cabelos da nuca, que os outros são demasiado compridos. Julguei que fosse Béla Bartok às voltas com o seu Príncipe de Pau, mas era o Quarteto para Cordas nº7 de Shostakovich, o que, para o efeito, veio a dar no mesmo, isto é, à inspiração. Comecei a ordenar a minha galeria de imagens em movimento como um jogo de scrabble à moda do xadrez e concluí, destroçado, que não havia a menor hipótese de harmonizar as imagens que tinha à música que queria. Tive de fazer o inverso, o que é sempre extremamente moroso, mas lá consegui o som perfeito, através do lento método Tentativa & Erro.
O vídeo que fiz hoje foi apenas uma brincadeira, mas acabou muito melhor do que o previsto. Assim como o Do You Remember surgiu de inspiração musical, este foi provocado pelo gif do Benedict Cumberbatch envolto em cogitações, daí o título Sherlock Mystery Fun. Repetir a imagem durante meio minuto pareceu-me doloroso ao público, pelo que lhe apliquei alguns efeitos de distorção básicos e uma música que, estranhamente, não teve a mesma difusão ou aproveitamento em remixes como o Halloween do Carpenter ou o Friday 13th do Manfredini. Quem gostar, saiba que o Charles Bernstein não só compôs também a banda sonora de outro filme de Wes Craven (Deadly Friend) como a adaptação de Cujo, de Stephen King, com resultados satisfatórios.
Conforme hábito, o final do vídeo é cartoonesco, cortando com a seriedade que o antecede. A ideia inicial era fazer explodir a cabeça do actor pensativo e já tinha escolhido um gif do filme Scanners, de Cronenberg, para o efeito, mas a descoberta do gif do Sherlock pseudo-suicida-voador é de tal modo impagável (ninguém venha cobrar-me pela utilização) que triunfou.
Decidi alterar a parte de promoção directa, que até aqui era um composto fixo que começava com um jornal e terminava com um morto, e julgo estar irrepreensível. O meu nome no início parece um elaborado efeito de vídeo, mas são duas imagens fixas com sobreposição lenta. Isto aqui é tudo orgulhosamente artesanal.
Fico à espera das vossas opiniões, pelo que vou sentar-me. Um abraço.